Série de Stan Lee ganha versão latina com “Super-Humanos” brasileiros
Personagens do reality parecem saídos dos filmes hollywoodianos, mas provam que são de carne e osso
São mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, todas, em teoria, geneticamente semelhantes. Mas, às vezes, acontecem mutações evolutivas e aparecem humanos com poderes especiais. O que poderia ser a sinopse da saga “X-Men” é, na verdade, ponto de partida para o curioso programa “Super-Humanos”, em exibição desde a última semana pelo canal pago History Channel.
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O professor Luis Cláudio de Mello, 37 anos, consegue, por exemplo, cravar pregos na mão, quebrar tijolos com a cabeça e entortar ferro. Ele logo alerta, no entanto, que é um ser humano de carne e osso como qualquer outro. “A cada demonstração arrisco a minha vida, mas a experiência me faz ter certeza de que tudo dará certo, mas é perigoso e um erro pode ser fatal”, confessa.
Luis conta que sua habilidade é fruto de muito treinamento. Ele se dedica diariamente ao Kung Fu, arte milenar que o credenciou a quebrar um facão afiado com a garganta para o programa. “Em alguns momentos nos machucamos porque excedemos a nossa capacidade”, explica ao falar que nunca se feriu em apresentações, mas que já teve incidentes em treinos. “Podem ocorrer leves ferimentos na pele ou cortes superficiais”, minimiza.
As palavras leve e superficial não combinam com outro super-humano, Ricardo Nort, de 38 anos, campeão mundial de levantamento de peso. Ele consegue puxar dois caminhões amarrados ao corpo apenas por uma corda.
Mas as consequências são tão inusitadas quanto o feito que realiza. Após gravar a participação no programa, Ricardo perdeu três centímetros de altura. Os discos intravertebrais se contraíram muito com o peso dos caminhões nos ombros e ele passou de 1,92m para 1,89m. “Mas não senti dor, no outro dia estava legal”, ressalta.
“De vez em quando escuto isso de crianças”, diverte-se Ricardo, que é 50% mais forte do que a média dos homens brasileiros. Os resultados de testes de força surpreenderam até a equipe médica, que nunca havia visto números semelhantes. Assim, nem parece tão difícil fazer dois caminhões, um em cima do outro, andarem apenas com a força do corpo.
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Mas não adianta chamá-lo de super-humano. “Não é todo dia que sou forte”, afirma. O segredo, acredita, é a combinação de boa genética e persistência. “Sempre fui um dos garotos mais fracos da escola, tudo isso foi desenvolvido com muito trabalho, estudo e determinação”.
Mesmo assim, as pessoas pensam que eles nascem com esses dons, conta Luis, que treina há anos o conceito de controle de energia. Se pareceu coisa de heróis da Marvel, o professor explica que a energia Qi está presente em tudo e pode, com exercícios milenares, tornar o corpo imune a ataques físicos. “Isso se chama vestir a camisa de ferro”, diz.
Além de Luis e Ricardo, outros nove brasileiros integram a seleção do programa, que ainda conta com mexicanos, colombianos e argentinos, entre homens e mulheres. No total, são 32 casos de superpoderes contados em oito episódios de uma hora cada.
Se por aqui a apresentação é do argentino Leo Tusam, renomado especialista em hipnose, controle mental e domínio do corpo, a versão norte-americana é comandada por ninguém menos que Stan Lee, criador de heróis como Batman, Mulher Maravilha e Homem-Aranha.
“Geralmente não sou visto com bons olhos, pois todo mundo associa tamanho e força com ignorância”, lamenta Ricardo, que é pós-graduado no exterior, fala três idiomas e ainda toca piano.
Luis concorda que as pessoas os julgam e por isso prefere, em certas situações, esconder do que é capaz. “Procuro me manter em segredo em locais públicos”. Com essa afirmação, ele colabora para deixar a pergunta no ar: eles são ou não são super-humanos?
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